noticias Seja bem vindo ao nosso site Rádio Rir Brasil Amazonas - Direção:Eneida Barauna e Ronaldo Castro - 92 98607-0010!

Cidade

Partilha do Fundo Eleitoral do PT no AM é questionada no próprio partido

Publicada em 14/10/24 às 21:21h - 46 visualizações

Rádio Rir Brasil Amazonas - Direção:Eneida Barauna e Ronaldo Castro - 92 98607-0010


Compartilhe
Compartilhar a noticia Partilha do Fundo Eleitoral do PT no AM é questionada no próprio partido  Compartilhar a noticia Partilha do Fundo Eleitoral do PT no AM é questionada no próprio partido  Compartilhar a noticia Partilha do Fundo Eleitoral do PT no AM é questionada no próprio partido

Link da Notícia:

Partilha do Fundo Eleitoral do PT no AM é questionada no próprio partido
 (Foto: Rádio Rir Brasil Amazonas - Direção:Eneida Barauna e Ronaldo Castro - 92 98607-0010)
Por Valmir Lima e Feifiane Ramos, do ATUAL

MANAUS – Depois do pedido de afastamento do deputado estadual Sinésio Campos (PT) do cargo de presidente do Diretório Estadual do PT no Amazonas, por ter confessado ser dele o dinheiro apreendido pela Polícia Federal em poder de um assessor do parlamentar às vésperas do primeiro turno das eleições municipais deste ano, outras informações sobre o dinheiro do fundo eleitoral vêm sendo discutidas internamente e um documento que veio à tona neste fim de semana requer explicação da direção estadual.

ATUAL teve acesso a um documento do Diretório Estadual em que a direção do partido responde a um pedido de informação do Diretório Municipal de Manaus e contesta a informação de que o Diretório Nacional teria repassado mais de R$ 3 milhões para bancar a campanha de candidatos e candidatas a prefeito, prefeita, vice-prefeito, vice-prefeita, vareador e vereadora nos 61 municípios do interior do Amazonas. O dinheiro para os candidatos de Manaus é repassado direto da Executiva Nacional.

“Conforme documento enviado para a nacional [diretório nacional] sem qualquer assinatura das pessoas que elaboram, o diretório estadual recebeu R$ 3.300.000,00 para destinar aos municípios. O documento informa ainda que não há clareza sobre a destinação e que não foi discutido na executiva estadual a forma de distribuição dos recursos (sic)”, diz o documento produzido pelo secretário de finanças Thiago Medeiros.

Em seguida, ele esclarece que não foram repassados R$ 3,3 milhões, mas apenas R$ 1.873.732,05. “A primeira parcela recebida foi no valor de R$ 1.571.611,21 e, conforme documento enviado pela própria nacional no dia 02/09/2024, o valor da segunda parcela seria de R$ 302.120,84”.

Os valores das duas parcelas, segundo o secretário de finanças, foram repassados a quatros contas bancárias do Banco do Brasil pertencentes ao Diretório Estadual.

O partido também contesta a reclamação de que não houve transparência na distribuição dos recursos aos diretórios municipais do interior do Estado, e diz que a partilha foi feita conforme decidido em reunião realizada no dia 14 de agosto deste ano. Nessa mesma reunião foi informado que a previsão de repasse da nacional seria de R$ 3,3 milhões, o que não se confirmou, segundo o documento do PT estadual.

De acordo com o partido, 65% (R$ 1.217.925,83) seria para repasses individuais (candidatos e candidatas a prefeito, prefeita, vice-prefeito, vice-prefeita, vereador e vereadora) e 35% (R$ 655.806,22) para estrutura coletiva (material de campanha, contador e advogado para candidatos e candidatas).

Desentendimentos

A briga pela partilha dos repasses, no entanto, começou no início de setembro. O documento do Diretório Estadual informa que “No dia 02/09/2024 foi convocada uma nova reunião da Executiva Estadual onde tinha como pauta exclusiva (sic) fundo eleitoral partidário, mas a reunião acabou sendo suspensa devido alguns membros iniciar de forma gratuita ataques ao presidente e tesoureiro do partido (sic)”.

O dinheiro foi dividido, segundo o Diretório Estadual, por uma ordem de classificação de candidatos feita pelos diretórios municipais. Esses diretórios indicaram quanto cada candidato a prefeito e vice-prefeito receberiam, e quais candidatos a vereador teriam direito aos repasses, assim como o valor destinado a cada um.

Partilha questionada

A partilha foi questionada, principalmente porque houve algumas disparidades. Em Itacoatiara, por exemplo, onde o PT tinha quatro candidatos, apenas uma candidata recebeu recursos (R$ 60 mil, o maior valor recebido por um candidato a vereador do partido e mais do que foi repassado a quatro candidatos a prefeito no interior do Estado).

A candidata é Cheila Moreira, que ficou como terceira suplente da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PcdoB), com 596 votos. A federação elegeu apenas um candidato em Itacoatiara: A I Netto, do PV.

O dinheiro não foi distribuído para todos os candidatos. Na lista do Diretório Estadual, estavam 27 candidatos a vereador que disputavam a reeleição. Os valores variavam de R$ 7 mil a R$ 11 mil para cada candidato, exceto para Cheila Moreira, que recebeu R$ 60 mil.

Dos 27 candidatos que tentavam a reeleição, cinco não têm registro no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de recebimento de qualquer recurso pelo Diretório Estadual, apesar de estarem na lista. Entre eles estão Arsenio Tikuna e Bruno da Pesca, do município de Benjamin Constant. Ambos foram eleitos, mas não há qualquer informação sobre receita ou despesa no DivulgaCandContas, do TSE.

Dinheiro apreendido

O que motivou o pedido de afastamento de Sinésio Campos foi a apreensão de R$ 20 mil em espécie que estava com o assessor parlamentar dele. O dinheiro iria para o município de Benjamin Constant. Lá, além dos candidatos a vereador eleitos, que deveriam ter recebido R$ 8 mil cada um, o candidato a vice-prefieto João Vieira da Silva, o Negão, que estava na lista para receber R$ 20 mil, também não tem registro de recebimento no TSE.

Além de Negão, outro candidato a vice-prefeito, Telles Dias, de Boa Vista do Ramos, não recebeu os R$ 20 mil previstos na lista do Diretório Estadual.

Entre os prefeitos, alguns também não receberam o valor total da lista: Curubinha, de São Gabriel da Cachoeira recebeu R$ 50 mil, dos R$ 65 mil prometidos. O mesmo ocorreu com Anderson, de Manicoré, e com Marquinho Abreu, de Uarini.

Duas candidatas a prefeita receberam valores acima do previsto: Edjane da Silva, de Tefé, recebeu R$ 85 mil, de R$ 65 mil previstos; Preta, de Manaquiri, recebeu R$ 89 mil.

Dinheiro do PT Fundo eleitoral
Fonte: TSE e documento do PT Estadual

Vereadores

O dinheiro destinado aos vereadores também não aparece em todos perfis de candidatos no DivulgaCandContas (Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais) do TSE, onde todos os valores recebidos e gastos devem ser registrados em tempo real, por exigência legal.

Dos R$ 274 mil destinados aos 27 candidatos a vereador que disputavam a reeleição, apenas R$ 191 mil chegaram aos candidatos, conforme as informações registradas no site do TSE (veja lista abaixo). Cinco deles não tem qualquer valor recebido.

Dinheiro do PT fundo eleitoral 2024
Fonte: TSE e documento do PT Estadual

Entre os 69 candidatos a vereador que disputavam uma vaga e que foram listados para receber recursos, oito não receberam. A candidata Lourdes Quilombola, de Barreirinha, aparece duas vezes na lista, uma com o nome de registro civil: Maria Amélia. Mas ela recebeu apenas uma vez: R$ 4 mil.

Fundo eleitoral PT repasses
Fonte: TSE e documento do PT Estadual

O ATUAL consultou membros do Diretório Estadual e do Diretório Municipal de Manaus sobre a possibilidade de os recursos de candidatos que não receberam terem sido destinados a outros candidatos ou a outras despesas “estrutura coletiva”. A informação é de que o remanejamento só pode ser feito se for decidido pela Executiva Estadual, mas não houve reunião para deliberação desse tema.

O que diz Sinésio Campos

Questionado pelo ATUAL sobre a diferença de valores recebidos por alguns candidatos em comparação a outros que não receberam ou tiveram valores menores, Sinésio Campos afirmou que a decisão sobre a “distribuição do fundo partidário” é feita pelo Diretório Nacional e segue critérios do partido. “Por exemplo, se esse filiado [candidato] ao PT estiver devendo, é suspenso o repasse a ele, que está ‘previsto’”, explicou.

De acordo com Sinésio, nesta eleição houve uma diminuição no repasse de recursos destinados ao PT do Amazonas e a outros estados, uma vez que a Direção Nacional deu “prioridade a São Paulo, à candidatura de [Guilherme] Boulos”. Assim, segundo ele, o que estava previsto para o estado não foi repassado.

Os valores não recebidos por alguns candidatos “foram remanejados” para outros, disse Sinésio Campos, citando mais uma vez que todos os critérios foram definidos pela “Nacional e não pelo Diretório Estadual”. Ele finalizou afirmando que “não sobrou dinheiro nenhum” e que isso ficará evidente quando houver a prestação de contas do partido.

O presidente do PT também criticou a divulgação das listas de candidatos com os valores de repasses definidos pelo partido. “Essa lista foi divulgada por irresponsáveis”, afirmou. Segundo ele, o documento é apenas uma previsão e não significa que os valores serão repassados a todos os candidatos como está previsto.

Abaixo, o documento do Diretório Estadual do PT.

Documento do PT Amazonas
Documento do PT Amazonas
Documento do PT Amazonas
Documento do PT Amazonas
Documento do PT Amazonas
Documento do PT Amazonas



ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.

Deixe seu comentário!

Nome
Email
Comentário
0 / 500 caracteres


Insira os caracteres no campo abaixo:








Nosso Whatsapp

 92 98607-0010

Copyright (c) 2024 - Rádio Rir Brasil Amazonas - Direção:Eneida Barauna e Ronaldo Castro - 92 98607-0010
Converse conosco pelo Whatsapp!