A violência era um dos temas da agenda eleitoral no Equador. Mas após o assassinato do candidato Fernando Villavicencio, nesta quarta-feira (9/8), ela dominou o debate de campanha rumo às eleições presidenciais de 20 de agosto.
Villavicencio foi morto a tiros após um comício em Quito, pouco antes de entrar em seu veículo.
A possibilidade do crime não aparecia em nenhum dos cenários eleitorais previstos por analistas, apesar do crescimento exponencial da violência e do discurso do próprio Villavicencio, que garantia que o país havia se tornado um "narcoestado".
Villavicencio afirmou publicamente que recebera ameaças de morte de “grupos criminosos”.
“A franqueza de Villavicencio pisou nos calos de muitos envolvidos com o crime organizado e seus elos com o Estado”, afirma Luis Córdova, diretor do programa de Pesquisa, Ordem, Conflito e Violência da Universidade Central do México, em entrevista à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.