Estou andando lentamente por um parque levemente inclinado em um lugar que eu não sabia que existia até começar a pesquisar para este artigo. Já passei por esse parque centenas de vezes a apenas um quilômetro e meio de minha casa, na cidade costeira inglesa de Brighton and Hove, sem perceber que ele continha um labirinto.
Criado pelo artista Chris Drury em 2006, o labirinto é inspirado no complexo padrão de uma impressão digital gigante de 40 metros de largura, marcado por pedras colocadas na grama.
À medida que me concentro em seguir o seu caminho interior, vou esquecendo das pessoas que correm ou passeiam com cães ao meu redor e entro em um estado mais contemplativo enquanto percorro o sinuoso percurso de mais de 600 metros até ao seu centro.
Os labirintos têm sido usados em todo o mundo há séculos como uma forma de aquietar a mente, aliviar a ansiedade, recuperar o equilíbrio da vida, aumentar a criatividade e melhorar as inspirações. Durante a Idade Média, quase 25% das catedrais possuíam labirintos, e andar em um deles hoje em dia virou uma atividade global cada vez mais popular para desestressar, integrando a mente e o corpo.
Mas não confunda labirintos de meditação com labirintos complexos. Os labirintos complexos deixam as pessoas confusas, com seus becos sem saída e a constante ameaça de que vão se perder. Em contraste, os labirintos para meditação são baseados em desenhos clássicos onde, por mais complexo que seja o percurso, a pessoa sempre terá um caminho livre em direção ao seu centro.