Ao longo dos meus anos de profissão, já apresentei dezenas de programas de rádio e mediei centenas de eventos públicos ao vivo.
A sessão de perguntas e respostas é uma parte importante desses eventos. Por isso, sempre procuro fazer com que todos se sintam à vontade para formular todas as perguntas que quiserem.
Mas, por mais que eu tente descontrair as pessoas, quando as mãos se levantam, sempre há mais homens do que mulheres se apresentando para fazer perguntas. E, muitas vezes, as primeiras mãos a se levantarem são todas masculinas.
É claro que as mulheres podem ter menos questões a fazer, o que é legítimo. Mas, inúmeras vezes, na fila do banheiro feminino após o evento, mulheres da plateia vieram me fazer a pergunta que queriam formular, mas não em público. E, invariavelmente, são perguntas excelentes.
Estes são episódios isolados e não um conjunto de dados obtidos de forma científica. Mas, depois de anos passando repetidamente pelas mesmas experiências, resolvi consultar as estatísticas.