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O que se sabe sobre o CAC que matou pai, irmão e PM em Novo Hamburgo

Atirador legalizado também feriu nove pessoas e resistiu por quase dez horas ao cerco policial em um bairro de Novo Hamburgo. Secretário de segurança gaúcho diz que arma na mão de um esquizofrênico é prenúncio de tragédia

Publicada em 24/10/24 às 11:04h - 15 visualizações

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O que se sabe sobre o CAC que matou pai, irmão e PM em Novo Hamburgo
 (Foto: Rádio Rir Brasil Amazonas - Direção:Eneida Barauna e Ronaldo Castro - 92 98607-0010)

Quem passou, ontem, pela rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco, em Nova Hamburgo (RS), deparou-se com uma cenário de guerra. Marcas de tiros nas paredes, centenas de cartuchos espalhados pela calçada, janelas quebradas e manchas de sangue no chão indicavam a gravidade do que aconteceu. Ainda de madrugada, a 3ª Brigada Militar (BM) foi atender a uma denúncia de que um casal de idosos estava sofrendo maus-tratos. Enquanto os policiais conversavam com os moradores, o caminhoneiro Edson Fernando Crippa, de 45 anos, abriu fogo contra o grupo.

O pai e o irmão do atirador (Eugênio Crippa, 74; e Everton, 49) morreram no local, assim como o PM Everton Ranieri Kirsch Junior, de 31 anos. A mãe, Cleris, 70, e a cunhada Priscila, 41, também foram baleadas e conduzidas, em estado grave, a um hospital da cidade. O cerco policial durou mais de nove horas e terminou com a morte do atirador. A polícia descobriu que Edson era esquizofrênico, com histórico de crises, e, mesmo assim, tinha registro de CAC (colecionador, atirador ou caçador) e adquiriu legalmente as quatro armas usadas no crime.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em sua rede social, criticou o que chamou de "distribuição indiscriminada de armamentos" e frisou que casos como esse "não devem ser normalizados".

"Um atirador matou três pessoas e feriu outras nove em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. O trágico episódio ocorreu após denúncias de maus-tratos contra um casal de idosos na casa do atirador, que possuía quatro armas registradas em seu nome. Isso não pode ser normalizado: a distribuição indiscriminada de armamentos na sociedade, com grande parte deles caindo nas mãos do crime, é inaceitável", disse o presidente, em postagem do X.

O secretário de Segurança do estado, Sandro Caron, confirmou que Edson era CAC e que as armas encontradas têm registro na Polícia Federal e no Exército. O que o surpreendeu foi o fato de que o atirador sofria de distúrbios psiquiátricos, havia sido internado quatro vezes e, mesmo assim, era considerado apto para comprar e manusear armas de fogo. "É óbvio que no momento em que se der acesso a uma arma de fogo e farta munição a uma pessoa com esquizofrenia, uma tragédia vai ocorrer. A pergunta não é se vai ocorrer, a pergunta é quando vai ocorrer", declarou Caron.




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