Do ATUAL
MANAUS — Para identificar doenças decorrentes da estiagem e preparar a rede pública para atendimento, a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas) divulgou nesta sexta-feira (12) uma nota técnica com ações e orientações às prefeituras de municípios que estão em estado de emergência. A intenção é mobilizar as secretarias de saúde para adotar ações de prevenção e de assistência.
A FVS considera que a estiagem é um dos desastres naturais que mais danos ocasionam à saúde pública, seja pelo transtorno nos sistemas de abastecimento de água ou pela influência indireta sobre o aumento de algumas doenças e agravos, como: doenças diarreicas agudas, Hepatite A e E, Febre Tifóide, Cólera”.
Um mapeamento de doenças e as condições em que ocorrem serão realizados pela FVS. “Com o mapeamento realizado pela FVS vai ser possível monitorar as principais doenças e agravos e traçar estratégias resolutivas de apoio aos municípios”, disse secretária de Saúde, Nayara Maksoud.
A diretora-presidente da FVS, Tatyana Amorim, explica que o mapeamento de risco considera as especificidades de cada território. “As secretarias municipais de saúde estão sendo orientadas a inserir essas informações para que o Estado, no âmbito da vigilância em saúde, possa direcionar as ações de acordo com o panorama local, compreendendo as diferenças no impacto da estiagem dentro da mesma região”.
Entre as providências que as prefeituras devem adotar está a estimativa de pacientes que possivelmente podem ser afetados por doenças e a capacidade de atendimento, definir o valor de recursos necessários para as ações de saúde, atualizar a vacinação, disponibilizar sais de reidratação oral e orientar sobre a preparação do soro caseiro.
Decretos
O decreto de Situação de Emergência devido à vazante alcança as cidades das Calhas do Juruá (Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Eirunepé, Carauari e Juruá), Purus (Pauini, Lábrea, Tapauá, Beruri, Canutama, Boca do Acre) e Alto Solimões (Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins), já afetadas pela vazante.
As cidades em emergência ambiental são 22 na região sul do Estado e Metropolitana de Manaus. Está proibida a prática de fogo, com o sem uso de técnicas de queima controlada nas seguintes cidades: Apuí; Novo Aripuanã; Manicoré; Humaitá; Canutama; Lábrea; Boca do Acre; Tapauá; Maués; Manaus; Iranduba; Novo Airão; Careiro da Várzea; Rio Preto da Eva; Itacoatiara; Presidente Figueiredo; Manacapuru; Careiro Castanho; Autazes; Silves; Itapiranga; e Manaquiri.
Confira a nota técnica na íntegra.