Do ATUAL
MANAUS – O Amazonas lidera em área total com seca até abril deste ano, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. Entre março e abril, a área com o fenômeno caiu de 6,41 milhões para 5,68 milhões de km², o equivalente a 67% do território brasileiro.
Os dados são do Monitor de Secas da ANA (Agência Nacional de Águas). Em abril, Amazonas e Roraima registraram 100% de seca no território. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 4% a 98%.
Na comparação entre os dois meses, em termos de severidade, houve um abrandamento do fenômeno em quatro dos sete estados da região Norte: Acre, Amazonas, Rondônia e Tocantins. No Pará e em Roraima, a seca se intensificou nesse período, enquanto no Amapá o fenômeno se manteve estável.
Com isso, a área com seca extrema na região Norte como um todo caiu de 24% para 20% do total, indicando um abrandamento regional da seca. Mesmo assim, o Norte teve a condição mais severa de seca em abril. A seca extrema atingiu apenas 2% da região e a grave, 20% de sua área total.
Segundo a ANA, o Norte foi região com maior percentual de área com o fenômeno em abril entre as cinco regiões monitoradas.
Cenário nacional
Entre março e abril, houve um abrandamento do fenômeno em 12 unidades da Federação, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Sergipe e Tocantins.
Em outros três estados, a seca se intensificou nesse período: Mato Grosso do Sul, Pará e São Paulo. No caso do Rio de Janeiro, o fenômeno voltou a ser registrado. Em termos de severidade, a seca ficou estável em sete unidades da Federação: Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraná e Roraima.
No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina não houve registro do fenômeno, que deixou de ser verificado tanto na Paraíba quanto no Rio Grande do Norte.
Em 14 unidades da Federação houve uma diminuição da extensão da seca: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Sergipe e Tocantins.
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo.
Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, com o apoio da Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos), o Monitor de Secas é desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.