Sob o comando de Pedro Bial, o "Linha Direta" voltou à programação da Globo na noite de quinta-feira (4). Após 15 anos fora do ar, o primeiro episódio explorou o sequestro de Eloá Pimentel pelo namorado, Lindemberg Alves, em 2008.
A estreia do programa virou um dos assuntos mais comentados das redes sociais, que trouxe à tona a interferência da imprensa e críticas à Sonia Abrão. Sem citar diretamente o nome da apresentadora, a atração relembrou o momento em que ela se colocou na posição de negociadora".
"Chegou um momento em que uma apresentadora de televisão se colocou na posição de negociadora. Ela começou a negociar, interrompendo a negociação da polícia. Nesse dia, no dia 15, havia um acordo feito entre o capitão, o irmão da Eloá e o Lindemberg para ele se render. Quando entra essa apresentadora, o Lindemberg percebe que está ao vivo e resolve prolongar tudo porque ele era o centro das atenções", afirmou o promotor de Justiça Antonio Nobre Folgado.
Durante o programa 'A Tarde É Sua', da RedeTV!, Sonia Abrão entrevistou ao vivo o sequestrador e Eloá, três dias antes do desfecho trágico do crime. Na época, a atitude da jornalista causou revolta nos telespectadores.
Exibindo a repórter Zelda Mello conversando ao vivo com o sequestrador, o 'Linha Direta' ressaltou que o sequestrador estar assistindo toda a repercussão do caso em tempo real não foi, em nenhum momento, interrompido pela polícia.
"Pra mim foi como se aquele caso representasse do ponto de vista jornalístico uma avalanche, igual a uma queda de barreira. Começou a chegar jornalista, televisão, rádio e, de repente, aquilo tinha virado o assunto do país", afirmou César Trali, âncora do Jornal Hoje.