Na tentativa de destravar a negociação para a senadora Simone Tebet (MDB-MS) assumir o Ministério do Planejamento, aliados pediram ao governo de transição que os fundos regionais do Banco do Brasil e do Nordeste sejam colocados sob o controle da pasta.
Interlocutores argumentam que a medida "preencheria lacunas" na construção de imagem da senadora em regiões como o Nordeste e o Norte mirando um eventual projeto de sucessão do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Os fundos em questão, hoje controlados pelo bancos públicos, têm capilaridade nas prefeituras do interior das regiões mais pobres do país. Tebet deve ter uma reunião com Lula nesta terça-feira (27) em Brasília para bater o martelo sobre sua possível participação no governo petista.
Pessoas próximas dizem que a senadora está inclinada a aceitar o Planejamento, mas desde que a pasta tenha mais relevância para promover políticas públicas do governo federal, sobretudo na área social.
Quanto ao cenário cogitado para que Tebet ocupe o Ministério das Cidades, o entorno da senadora vê essa hipótese como mais difícil. Isto porque ela não quer estar no meio de disputas políticas entre MDB, União Brasil e PSD, já que o comando da pasta é visto como moeda de troca para o próximo governo de Lula formar maioria no Congresso.
Se a reunião com Lula não chegar a qualquer acordo, Tebet, que ficará sem mandato, planeja viajar o país com projetos sociais para se tornar mais conhecida. Em outra frente, ela faria um trabalho de formação de novas lideranças políticas.