Joe Biden anunciou nesta quinta-feira (20) durante cúpula virtual sobre mudanças climáticas o investimento de US$ 500 milhões, o equivalente a R$ 2,5 bilhões na moeda brasileira, para o Fundo Amazônia.
Em fevereiro deste ano, Lula visitou Washington e obteve a promessa da doação de US$ 50 milhões de dólares, isto é, dez vezes menos do que o montante anunciado agora. A quantia ainda deve passar por aprovação no Congresso dos Estados Unidos para ganhar validade.
Biden também anunciou que a Corporação Norte-americana de Desenvolvimento Financeiro fará um investimento de dívida de US$ milhões no BTG Pactual, que ajudaria a levantar US$ 1 bilhões para a restauração de quase 300.000 hectares de terras no Brasil, Uruguai e Chile.
A iniciativa vai ao encontro do anúncio feito pelo Brasil em 2021, na Conferência Mundial do Clima (COP) 26, de reduzir as emissões de gases de efeito estufa do Brasil até 2030 e zerar o desmatamento dois anos antes.
O anuncio de hoje foi feito no Fórum das Grandes Economias, espaço do qual fazem parte, além do Brasil, a Argentina, Canadá, Chile, China, Egito, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Nigéria, Noruega, Arábia Saudita, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Vietnã.
O que é o Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia foi criado por iniciativa do Brasil durante a Conferência Mundial do Clima (COP) 12, em 2006, no segundo mandato de Lula na Presidência da República.
Gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o programa tem como objetivo angariar contribuições voluntárias de outros países para combater as emissões liberadas por meio do desmatamento, além de fomentar a conservação e a economia sustentável na Amazônia.
Mais de 207 mil pessoas são impactadas positivamente e diretamente pelo Fundo, envolvendo um total de 384 instituições.
Em janeiro deste ano, a Noruega anunciou que iria retomar o investimento de R$ 3 bilhões no Fundo, depois de ter se negado a liberar o recurso durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Edição: Nicolau Soares – BdF – Foto: Ricardo Stuckert