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Moradores do interior do AM sofrem com alta de preços de produtos de necessidade básica após queda de ponte na BR-319

Moradores do interior do AM sofrem com alta de preços de produtos de necessidade básica após queda de ponte na BR-319 MANAUS – Comerciantes e moradores do interior do Amazonas relataram à AGÊNCIA AMAZÔNIA que têm sofrido com alta no preço e desabaste

Publicada em 08/10/22 às 18:42h - 17 visualizações

Rádio Rir Brasil Amazonas - Direção:Eneida Barauna e Ronaldo Castro - 92 98607-0010


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Moradores do interior do AM sofrem com alta de preços de produtos de necessidade básica após queda de ponte na BR-319
Agência Amazônia AGÊNCIA CENARIUM  (Foto: Rádio Rir Brasil Amazonas - Direção:Eneida Barauna e Ronaldo Castro - 92 98607-0010)
Marcela Leiros – Da AGÊNCIA AMAZÔNIA

MANAUS – Comerciantes e moradores do interior do Amazonas relataram à AGÊNCIA AMAZÔNIA que têm sofrido com alta no preço e desabastecimento de produtos de necessidade básica, após o desabamento da ponte sobre o Rio Curuçá, na BR-319, no Amazonas. Gás de cozinha, água mineral e alimentos ficaram mais caros devido à mudança na logística do transporte para que cheguem às cidades como Manaquiri e Careiro Castanho, localizadas a mais de 100 quilômetros de Manaus.

O acidente aconteceu no quilômetro 25 da rodovia, no último dia 28 de setembro. Parte da ponte já havia sido interditada, parcialmente, no dia anterior, após começar a ceder. Quatro pessoas morreram e uma ainda está desaparecida.

“A água [de garrafão] a gente comprava até de R$ 9, hoje, está R$ 15. O gás está R$ 135, eu comprava de R$ 128”, disse o técnico agrícola Ricardo Sobreira.

Sobreira contou, ainda, que os comércios no município estão começando a ficar vazios e sem diversidade de produtos. A seca dos rios, no Amazonas, ainda contribui para a crise que se instaura nas cidades.

“Estávamos há mais de seis dias sem água, não dá para tomar água nem do poço, porque o rio está seco. Onde era comércio sortido está ficando em falta. A minha esposa falou que tem que fazer as compras porque daqui a alguns dias, não vai ter mais nada. As embarcações ainda estão chegando, mas daqui a três, quatro dias, não vão chegar mais porque o rio está ficando estreito”, acrescentou.

Comerciantes correm contra o tempo

A empresária Amália Medeiros, que revende água mineral em Manaquiri, relata as dificuldades para conseguir mercadorias para o comércio. Com o desabamento na ponte, o principal meio de acesso de alimentos, como queijos, refrigerante e até mesmo materiais de construção foi obstruído. Os comerciantes precisam se dirigir aos municípios de Iranduba ou Manacapuru para adquirirem os itens.

“As pessoas estão se virando como podem. Estão indo até a Comunidade Bela Vista [em Manacapuru] com mercadoria, bota no barco e traz. Ou, então, vão até Iranduba, coloca no barco e traz. Mas, no Iranduba, o carro fica estacionado a uns 200 metros de onde fica o barco. As pessoas têm que descer pela areia e carregar nas costas as mercadorias. Ontem, fui buscar água para mim e para mais cinco comerciantes. Foram 650 garrafões de água”, disse.

(Foto: Reprodução)

De acordo com a comerciante, o terminal hidroviário no município está recém-reformado e ainda não foi liberado para o atracamento de embarcações. A reportagem questionou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e aguarda posicionamento do órgão.

Posicionamentos

De acordo com o Dnit, equipes do departamento trabalham na conclusão dos acessos nas margens do Rio Curuçá para instalar uma estrutura da ponte metálica provisória. A montagem da estrutura será feita em parceria com o Exército brasileiro e deverá ser instalada até o dia 19 deste mês.

O Governo do Amazonas informou que, para evitar o desabastecimento de mantimentos em municípios como Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Autazes e Manaquiri, o Gabinete de Crise estuda uma rota alternativa que sairá da comunidade Novo Remanso, em Itacoatiara, e de lá seguirá por Autazes com as cargas para os demais municípios. A rota ainda será analisada pelos prefeitos das cidades.

As buscas pelo desaparecido João Nascimento, de 58 anos, continuam sendo realizadas pelo Corpo de Bombeiros e Marinha do Brasil. A Defesa Civil e a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) auxiliam no transporte de pessoas na travessia do Rio Curuçá, com o uso de quatro lanchas. As buscas por Nascimento também continuam sendo realizadas, paralelamente, por mergulhadores do CBMAM, com apoio da Marinha do Brasil.

A Prefeitura de Manaquiri esclareceu que, para desafogar o trânsito no porto da cidade, que passou a ser mais utilizado para o embarque e desembarque dos veículos que utilizavam a ponte, organiza, em filas, as carretas que aguardam o atraque das balsas. Também está viabilizando um porto na comunidade do Barro Alto para facilitar o trabalho das balsas que transportam os veículos que trafegam na BR-319.

A Prefeitura de Manaquiri viabiliza um porto na comunidade do Barro Alto para facilitar o trabalho das balsas que transportam os veículos que trafegam na BR-319 (Divulgação)




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